“A língua que eu falo Influência a maneira que eu penso?”
A língua que falamos não é o que define o modo como pensamos, mas sim o que a cultura, o pensamento e a linguagem se inter-relacionam de tal forma que um interfere no outro, e o conjunto dos três irá determinar como pensamos.
Nada impede que se possa pensar em algo mesmo que não se tenha uma palavra específica para designar isso. Ao mesmo tempo, o fato de não se ter uma palavra para designar algo pode significar que, culturalmente, o povo que criou aquela língua não sentiu a necessidade de criar essa palavra porque não pensava no que ela significa. É mais ou menos assim: só porque os outros idiomas não têm a palavra saudade, isso não quer dizer que as pessoas que vivam em outros contextos culturais que não o Brasil não sintam saudades umas das outras. Elas apenas não possuem uma palavra para nomear esse sentimento; mas ele existe. Ou melhor, a existência ou não desse sentimento vai depender da cultura. E dá para sentir e pensar em saudade mesmo sem se ter uma palavra específica.
Da mesma forma, a gente aprende a agrupar objetos semelhantes em grupos, mas o que é considerado similar em um idioma vai depender de aspectos culturais, o que faz com que esses grupos de elementos variem de idioma para idioma. Essas diferenças na divisão da realidade em categorias provocam diferenças na forma de pensamento. Pensar diferente leva a uma cultura diferente, que por sua vez leva a uma linguagem distinta. Um dos exemplos citados no texto é a divisão do dia em horas, minutos e segundos. Isso cria em nós a ilusão de que o tempo é algo que pode ser fragmentado e compartimentalizado, com se as divisões do tempo fossem ‘coisas’ a serem preenchidas. Em outras culturas, o tempo não é dividido da mesma forma (a linguagem o trata com algo sucessivo e contínuo).
E sabe aquela história de que os esquimós teriam dezenas, ou até centenas de palavras para se referir à neve? Isso também decorreria da cultura – para eles, é relevante saber distinguir entre os tipos de neve, porque eles convivem o tempo todo com isso. Mas até esse mito pode ser desconstruído a partir de uma análise mais atenta do processo de formação de palavras da linguagem esquimó (na verdade, o que para eles é uma palavra, para nós seria a combinação de duas ou três, o que no fundo reforça a idéia de que linguagem, cultura e pensamento dependem um do outro).
Na Educação hoje fala-se muito em Pedagogia de Projetos, este é uma abordagem nova, que leva em consideração trabalhar metodologicamente o conhecimento escolar através de Projetos de forma interdisciplinar. Mas, o que percebemos que a realidade não é bem essa, observamos práticas pedagógicas arraigadas à metodologias tradicionais, em que o conhecimento do aluno não é levado em consideração. Muitos professores dizem que encontram muitas barreiras em trabalhar Projetos na escola, tentam trabalhar através de projetos e encontram muita resistência, os professores dizem-se sem tempo, sem preparo. Acham muito cômodo trabalhar de forma tradicional, apenas repassar o conhecimento, e cobrá-lo posteriormente. Com isso fica difícil construir conhecimentos de forma significativa para o aluno, em que sua participação é essencial para a sua aprendizagem.
A língua que falamos não é o que define o modo como pensamos, mas sim o que a cultura, o pensamento e a linguagem se inter-relacionam de tal forma que um interfere no outro, e o conjunto dos três irá determinar como pensamos.
Nada impede que se possa pensar em algo mesmo que não se tenha uma palavra específica para designar isso. Ao mesmo tempo, o fato de não se ter uma palavra para designar algo pode significar que, culturalmente, o povo que criou aquela língua não sentiu a necessidade de criar essa palavra porque não pensava no que ela significa. É mais ou menos assim: só porque os outros idiomas não têm a palavra saudade, isso não quer dizer que as pessoas que vivam em outros contextos culturais que não o Brasil não sintam saudades umas das outras. Elas apenas não possuem uma palavra para nomear esse sentimento; mas ele existe. Ou melhor, a existência ou não desse sentimento vai depender da cultura. E dá para sentir e pensar em saudade mesmo sem se ter uma palavra específica.
Da mesma forma, a gente aprende a agrupar objetos semelhantes em grupos, mas o que é considerado similar em um idioma vai depender de aspectos culturais, o que faz com que esses grupos de elementos variem de idioma para idioma. Essas diferenças na divisão da realidade em categorias provocam diferenças na forma de pensamento. Pensar diferente leva a uma cultura diferente, que por sua vez leva a uma linguagem distinta. Um dos exemplos citados no texto é a divisão do dia em horas, minutos e segundos. Isso cria em nós a ilusão de que o tempo é algo que pode ser fragmentado e compartimentalizado, com se as divisões do tempo fossem ‘coisas’ a serem preenchidas. Em outras culturas, o tempo não é dividido da mesma forma (a linguagem o trata com algo sucessivo e contínuo).
E sabe aquela história de que os esquimós teriam dezenas, ou até centenas de palavras para se referir à neve? Isso também decorreria da cultura – para eles, é relevante saber distinguir entre os tipos de neve, porque eles convivem o tempo todo com isso. Mas até esse mito pode ser desconstruído a partir de uma análise mais atenta do processo de formação de palavras da linguagem esquimó (na verdade, o que para eles é uma palavra, para nós seria a combinação de duas ou três, o que no fundo reforça a idéia de que linguagem, cultura e pensamento dependem um do outro).
Na Educação hoje fala-se muito em Pedagogia de Projetos, este é uma abordagem nova, que leva em consideração trabalhar metodologicamente o conhecimento escolar através de Projetos de forma interdisciplinar. Mas, o que percebemos que a realidade não é bem essa, observamos práticas pedagógicas arraigadas à metodologias tradicionais, em que o conhecimento do aluno não é levado em consideração. Muitos professores dizem que encontram muitas barreiras em trabalhar Projetos na escola, tentam trabalhar através de projetos e encontram muita resistência, os professores dizem-se sem tempo, sem preparo. Acham muito cômodo trabalhar de forma tradicional, apenas repassar o conhecimento, e cobrá-lo posteriormente. Com isso fica difícil construir conhecimentos de forma significativa para o aluno, em que sua participação é essencial para a sua aprendizagem.
Postagem no blog: filosofia
Adriano Roberto nº 01
Profª Vanja